Abril Day: Assine Digital Completo por 1,99
Imagem Blog

Mundialista 5s142s

Por Vilma Gryzinski Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Se está no mapa, é interessante. Notícias comentadas sobre países, povos e personagens que interessam a participantes curiosos da comunidade global. Este conteúdo é exclusivo para s.

Um preço alto para Israel 1zj2n

Ter a superioridade bélica faz perder a simpatia da opinião pública 2h1x61

Por Vilma Gryzinski Atualizado em 4 jun 2024, 13h46 - Publicado em 21 Maio 2021, 06h00

Toda vez é a mesma coisa: imagens de civis feridos chegando a hospitais, famílias arrastando suas poucas posses diante de casas e prédios completamente destruídos, pais arrasados pela perda de filhos. Como não se solidarizar com a dor dessas pessoas? É impossível, obviamente. Por causa dessas cenas, Israel entra em qualquer conflito em Gaza já perdendo a batalha da opinião pública, por mais proezas bélicas que alcance num campo de combate quase insustentável: cidades de alta densidade populacional. As disparidades no número de vítimas também são invocadas para acusar Israel de reação desproporcional. Algumas considerações ajudam a entender os fatos:

– Israel move céus e terra para defender sua população. Tem abrigos antiaéreos que atendem boa parte dos habitantes e desenvolveu o Domo de Ferro, o sistema de mísseis, originalmente considerado impossível, que consegue interceptar até 90% dos foguetes lançados a partir de Gaza pelas duas organizações que operam no território, o Hamas e a Jihad Islâmica Palestina.

– Os dois grupos fazem exatamente o contrário. Construíram extensos sistemas de túneis por toda a Faixa de Gaza, chamados pelos militares israelenses de “metrô”, mas nenhum civil tem o a eles. A rede subterrânea é usada apenas pelos militantes armados para se proteger e desfechar ataques em caso de invasão por terra. Boa parte dela foi destruída nas últimas semanas.

– Comandos operacionais, depósitos de armas e baterias de foguetes, que entram em Gaza procedentes do Irã através dos túneis na fronteira com o Egito, são instalados deliberadamente ao lado, debaixo ou até dentro de casas, prédios, escolas, mesquitas e hospitais.

“Nada aconteceria se Hamas e Jihad não tomassem a iniciativa de jogar foguetes contra alvos civis”

Continua após a publicidade

– Como atingir um inimigo protegido por várias camadas de escudos humanos? O método desenvolvido por Israel consiste em avisar antes que vai bombardear um determinado prédio. Avisar literalmente: desde o conflito anterior, em 2014, a inteligência militar de Israel levantou 650 000 números de telefone de moradores de Gaza, com as respectivas localizações. Um telefonema em árabe dá o ultimato. Um método complementar é disparar um míssil de baixo poder explosivo no topo dos prédios, como uma espécie de precursor do que está por vir.

– É horrível? Sem dúvida. E nem sempre é dado o aviso. “Guerra é crueldade; não tem como mudar isso. Quanto mais cruel, mais cedo acaba”, resumiu notoriamente o general William Tecumseh Sherman, que massacrou o sul americano durante a Guerra Civil.

– A legitimidade dos alvos tem de ser aprovada pelos advogados das Forças Armadas israelenses. Isso, evidentemente, não impede erros, mas minimiza o número de vítimas civis.

Continua após a publicidade

– Nada disso aconteceria se Hamas e Jihad não tomassem a iniciativa de jogar foguetes dirigidos deliberadamente contra alvos civis. Gaza, uma pequena e estreita faixa de terra de 40 quilômetros de comprimento, conquistada por Israel na guerra defensiva de 1967, foi entregue aos palestinos em 2005. Tornou-se o pior exemplo, para os israelenses, do que acontece quando abrem mão do controle de territórios que deveriam constituir um futuro Estado palestino, tão justo e necessário. E, infelizmente, tão longe da realidade.

Publicado em VEJA de 26 de maio de 2021, edição nº 2739

Publicidade

Matéria exclusiva para s. Faça seu

Este usuário não possui direito de o neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu

ABRIL DAY

Digital Completo 6o121u

o ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo 2g6h51

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada edição sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*o ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.