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Pegadas de réptil antecipam conquista da terra firme em 40 milhões de anos 1j3y5n

Pegadas fossilizadas foram descobertas em rocha de 356 milhões de anos no interior da Austrália e ajudam a reescrever a evolução dos vertebrados 423t2e

Por Ligia Moraes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 21 Maio 2025, 14h00

Um conjunto de pegadas fossilizadas encontrado no sudeste da Austrália está obrigando cientistas a reescrever parte da história evolutiva dos vertebrados. As trilhas foram deixadas por um animal de cinco dedos com garras nítidas — um indício clássico de que ele já pertencia ao grupo dos amniotas, que inclui répteis, aves e mamíferos. A datação indica que o animal caminhava por terra firme há cerca de 356 milhões de anos, o que antecipa em 40 milhões de anos o surgimento dos primeiros vertebrados totalmente adaptados ao ambiente terrestre. Os detalhes da descoberta foram publicados na revista científica Nature.

As marcas estavam preservadas em uma laje de arenito retirada da Formação Snowy Plains, na região de Mansfield, estado de Victoria. O local fazia parte da antiga Gondwana, o supercontinente que incluía a atual Austrália. A superfície das pegadas apresenta ainda vestígios de chuvas antigas, o que reforça que o animal caminhava sobre solo exposto ao ar, e não submerso. Segundo os pesquisadores, isso é mais uma evidência de que ele vivia integralmente em ambiente terrestre, sem necessidade de retornar à água para reprodução, como fazem os anfíbios.

Reescrevendo a evolução dos vertebrados 57175d

Até então, os fósseis mais antigos atribuídos a amniotas datavam de cerca de 318 milhões de anos e haviam sido encontrados em regiões da América do Norte e da Europa. O novo registro australiano, datado do início do período Carbonífero, empurra para trás esse marco e sugere que a diversificação dos animais terrestres começou logo após a extinção que encerrou o período Devoniano.

Além disso, a descoberta indica que os primeiros répteis podem ter se originado no hemisfério sul, e não exclusivamente no norte, como se acreditava. As pegadas apresentam impressões nítidas de garras curvas e dedos bem definidos, características ausentes nos primeiros anfíbios. A presença dessas estruturas aponta para um animal plenamente terrestre, com características morfológicas semelhantes às de um pequeno lagarto moderno.

Ilustração artística da criatura semelhante ao pequeno réptil ancestral que deixou as pegadas fossilizadas
Ilustração artística da criatura semelhante ao pequeno réptil ancestral que deixou as pegadas fossilizadas (Marcin Ambrozik/Reprodução)
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Qual o impacto dessa descoberta? 632x4w

As trilhas ajudam a preencher uma lacuna conhecida entre os cientistas como “Romer’s Gap” — um intervalo de aproximadamente 20 milhões de anos no registro fóssil entre o final do Devoniano e o Carbonífero Médio. Até hoje, poucos vestígios desse período haviam sido encontrados, e acreditava-se que os vertebrados haviam ado por um gargalo evolutivo. A presença de pegadas de amniotas tão antigas sugere que essa transição à vida terrestre aconteceu mais rapidamente e de forma mais diversificada do que se imaginava.

Embora ainda não tenham sido encontrados ossos fossilizados do animal que deixou as marcas, os cientistas consideram as trilhas como a evidência mais antiga já registrada de um vertebrado com ciclo de vida totalmente terrestre. A expectativa agora é que novas escavações na região possam revelar fósseis corporais que confirmem a identidade do animal e permitam compreender com mais precisão sua anatomia e seu papel na história evolutiva dos vertebrados.

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