Em Cartaz 2b122x

Por Raquel Carneiro

Do cinema ao streaming, um blog com estreias, notícias e dicas de filmes que valem o ingresso – e alertas sobre os que não valem nem uma pipoca

Cultura

‘A Paixão de Cristo 2’: Mel Gibson já tem data para filmar sequência 4f643q

Filme de 2004 foi sucesso de bilheteria e recebeu três indicações ao Oscar, mas é também lembrado por acusações de antissemitismo 5x583w

Por Thiago Gelli SEGUIR SEGUINDO 26 mar 2025, 09h51

Mais de 20 anos após o sucesso estrondoso e as polemicas de A Paixão de Cristo (2004), Mel Gibson retornará à cadeira de direção para uma sequência épica — e já tem data para retomar os trabalhos. Nesta quarta-feira, 26 de março, a diretora executiva dos famosos estúdios Cinecittà, em Roma, Manuela Cacciamani anunciou ao jornal Il Sole 24 Ore que o ator de Hollywood já tem o espaço reservado para filmagens a partir de agosto.

O mesmo estúdio foi utilizado para a filmagem do original, assim como a antiga comuna de Matera, no sul da Itália. Outras locações filmadas serão cidades rurais do país como Ginosa, Gravina Laterza e Altamura. Entitulado The Resurrection (A Ressurreição), o filme é planejado há anos e terá o retorno de Jim Caviezel ao papel principal, que já afirmou que o projeto pode resultar em uma trilogia ou em um par de lançamentos.

O roteiro sobre a ressurreição de Cristo foi escrito em parceria com Randall Wallace, com quem Gibson já trabalhou em Coração Valente (1995). Em entrevista ao podcast do apresentador Joe Rogan, em janeiro, o ator descreveu o projeto como uma “viagem de ácido” e disse nunca ter lido uma decupagem igual. Antes, ele já havia indicado que o filme não teria uma estrutura linear e que focaria em justaposições da história bíblica a diferentes fases da história da civilização. Segundo ele, a abordagem necessária para tal bebe da ficção científica e da fantasia, prometendo representar até mesmo o inferno.

Controverso, o filme de 2004 misturava elementos esotéricos com o retrato pesaroso da via-crúcis cristã. O resultado foi indicado a três categorias do Oscar e se tornou sucesso de bilheteria, endossado por católicos e evangélicos de todo o globo, mas notoriamente acusado de antissemitismo — tanto pela narrativa apresentada, quanto pela vida pessoal do diretor, repetidamente acusado de declarações preconceituosas contra judeus. Atualmente, Gibson também atua como “embaixador hollywoodiano” de Donald Trump, ao lado de Jon Voight e Sylvester Stallone, papel que almeja expandir a seara republicana dentro da indústria de entretenimento.