Abril Day: Assine Digital Completo por 1,99
Imagem Blog

José Casado 5v1o4

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Informação e análise

Rússia rompe acordo, fome avança e alimento deve custar mais 305b1c

A Oxfam calcula que menos de 3% dos cereais exportados da zona de guerra chegaram aos países mais devastados pela fome 373qk

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 Maio 2024, 00h14 - Publicado em 18 jul 2023, 08h03

Vladimir Putin suspendeu o acordo da Rússia com a ONU e a Turquia que liberou a exportação de cereais da Ucrânia nos últimos 12 meses, a partir dos portos do Mar Negro.

Moscou anunciou que está fora de qualquer entendimento a partir de hoje, até que seus interesses “estejam satisfeitos”. Na prática, não fechou a porta à negociação.

Isso afeta o comércio mundial de commodities agrícolas, no qual o Brasil tem participação significativa.

Altera as perspectivas de médio prazo para os preços mundiais de produtos como trigo, milho e soja, num cenário delicado por causa das perdas de safras em áreas produtoras relevantes, como Estados Unidos e Argentina, onde a seca tem provocado prejuízos graves.

Na Argentina, por exemplo, a conta oficial indica uma extraordinária perda de 42% da safra de grãos por efeitos climáticos.

Continua após a publicidade

É previsível um aumento de preços dos alimentos em escala global nos próximos meses. Deve afetar o Brasil, que depende de importações de trigo e fertilizantes e é exportador de soja e milho. Complica o cenário econômico do governo Lula.

Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, divulgou um comunicado cauteloso mencionando negociações do seu governo com as principais empresas multinacionais do agronegócio e de transporte marítimo: “Não temos medo. [As empresas] Nos contataram. Disseram que estavam propostos para continuar com as entregas [de grãos] se a Ucrânia estiver pronta para liberar e a Turquia deixa-los ar [escoltando os navios no Mar Negro]. Então, quando a Rússia diz que está encerrando [o acordo], está terminando seus acordos com o secretário-geral da ONU, [António] Guterres, e com o presidente [Receipy] Erdogan. Não conosco. Não tínhamos nenhum acordo com eles.”

À princípio, os mais prejudicados seriam os mais empobrecidos habitantes de países pobres, sobretudo no continente africano. Porém, como lembrou a organização não governamental Oxfam, a fome continuou a avançar mesmo com o  acordo da Rússia. Em alguma medida, ele ajudou a conter a disparada dos preços mundiais dos alimentos, “mas centenas de milhões continuam ando fome, como estavam antes da Rússia invadir a Ucrânia”.

Exemplificou com penúria na Somália e no Sudão do Sul. Pelos cálculos da Oxfam, com base nos dados diários publicados pela ONU (https://www.un.org/en/black-sea-grain-initiative/vessel-movements), menos de 3% dos cereais exportados da zona de guerra, com base nesse acordo, tiveram como destino os países mais devastados pela fome. A Somália, por exemplo, recebeu apenas 0,2% dos grãos embarcados nos últimos 12 meses.

Publicidade

Matéria exclusiva para s. Faça seu

Este usuário não possui direito de o neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu

ABRIL DAY

Digital Completo 6o121u

o ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo 2g6h51

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada edição sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*o ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.