França se lança pré-candidato em SP na esperança de ter apoio de Lula 2r6j24
Com críticas a Tarcísio de Freitas, ministro do Empreendedorismo espera que Alckmin não concorra mais uma vez ao Palácio dos Bandeirantes 6c26k

O ministro do Empreendedorismo, Márcio França (PSB), ainda sonha em disputar o governo de São Paulo. Depois de ser derrotado por João Doria (ex-PSDB) no segundo turno do pleito de 2018 e ser preterido em 2022 para dar espaço a Fernando Haddad (PT), que também perdeu, o ex-prefeito de São Vicente quer contar, enfim, com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para representar a candidatura de esquerda que nunca chegou ao Palácio dos Bandeirantes.
No congresso do PSB estadual neste sábado, 26, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), França falou da tribuna como se estivesse em um palanque. “Quem debater com a gente vai ter que se preparar”, afirmou. Na sequência, criticou Tarcísio de Freitas (Republicanos), atual chefe do Poder Executivo paulista, ao dizer que a política de segurança é “matar os meninos”, em referência ao confronto de policiais com criminosos. “No lugar desse menino vem outro menino. Precisa dar chance e oportunidade para esse menino.”
O ministro ainda lembrou de quando assumiu o governo de São Paulo, em 2018. Ele era vice de Geraldo Alckmin (à época PSDB e hoje no PSB), que renunciou para disputar a Presidência da República e sepultar de vez o partido que presidiu o país entre 1995 e 2002. O então tucano não chegou a 5% dos votos.
É exatamente o aliado de primeiro escalão que pode tirar o sono de França. Alckmin hoje é vice-presidente da República. Mas, de acordo com levantamento do Datafolha, é o que se sai melhor entre os eleitores paulistas vindo de uma coligação à esquerda. Em um cenário sem Tarcísio, que ainda é o principal nome para substituir Jair Bolsonano (PL) nas urnas em 2026, Alckmin aparece com 29% da preferência. Com França em seu lugar, Pablo Marçal (PRTB), que está inelegível, e Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito da capital paulista, deixariam o ministro na terceira posição da disputa.
Em um cenário com Tarcísio, Alckmin estaria, hoje, em segundo lugar (41% a 25%). Com França na cabeça de chapa, o atual governador aparece com 47% da preferência, enquanto o ministro de Lula com 11% e na terceira posição. No segundo posto aparece Marçal (16%).
A praticamente um ano e meio da disputa, ainda restam muitas dúvidas e articulações para saber, de fato, quem será o principal nome de uma chapa à esquerda na briga pelo governo de São Paulo.