Digital Completo: Assine a partir de R$ 9,90
Imagem Blog

Maquiavel 39a50

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para s.

Mapa de ponta-cabeça exibido por Dilma pode criar saia-justa com a China 2wh3e

Segundo especialista, projeção fere critérios chineses para representação de Taiwan e mostra ilha como integrante dos Brics 506b4u

Por Bruno Caniato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 Maio 2025, 13h06 - Publicado em 19 Maio 2025, 17h06

Ao apresentar a nova versão do mapa-múndi com Norte e Sul “invertidos” em evento oficial na China, a ex-presidente Dilma Rousseff e o presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marcio Pochmann, podem ter violado leis chinesas sobre a representação territorial de Taiwan.

O mapa, que posiciona o Brasil no centro do mundo, foi exibido por Pochmann e Dilma — atual presidente do banco dos Brics — ao primeiro-ministro chinês, Li Qiang, durante encontro de autoridades na última semana. Na projeção, a China aparece “desmembrada” entre dois hemisférios, com destaque para a separação entre a parte continental do país e o Estreito de Taiwan.

Segundo o advogado e geógrafo Luiz Ugeda, fundador do portal Geocracia e consultor do escritório SPLaw Advogados, a legislação chinesa proíbe expressamente representações cartográficas que distorçam o território chinês, representem fronteiras incorretamente ou infrinjam a soberania da China. “Enquanto Pequim tenta unir o Estreito de Taiwan, uma região extremamente sensível para o governo chinês, o IBGE resolve o separar na casa do anfitrião”, explica Ugeda.

Além da separação das fronteiras, as cores utilizadas na legenda representam Taiwan como integrante dos Brics, o que não corresponde à realidade — o Brasil sequer possui embaixada no país, e sim um escritório de negócios, já que a China continental reivindica todo o Estreito de Taiwan como parte de seu território e não negocia com aliados que reconheçam a ilha como país independente.

Novo mapa-múndi publicado pelo IBGE em maio de 2025 que exibe o Brasil no centro do mundo e inverte a orientação tradicional dos pontos cardeais
Novo mapa-múndi publicado pelo IBGE em maio de 2025 que exibe o Brasil no centro do mundo e inverte a orientação tradicional dos pontos cardeais (IBGE/Divulgação)
Continua após a publicidade

Sindicato do IBGE repudia mapa-múndi invertido 25p3k

De acordo com Ugeda, países que disputam territórios — a exemplo da Rússia, com a Crimeia, e da Índia, com a Caxemira — costumam ter leis estritas sobre a representação cartográfica, e a China já chegou a punir e exigir retratação de empresas privadas, como Gap, Marriott e Versace, por usar mapas em desacordo com a legislação. “Faltou um assessoramento diplomático ao IBGE, que favoreceu no mapa uma visão sociológica e ideológica sobre um serviço oficial de Estado”, diz o geógrafo.

O mapa-múndi invertido foi criticado, inclusive, por um sindicato de servidores do próprio IBGE, que apontam na iniciativa “um gesto sem respaldo técnico em convenções cartográficas internacionais”. Em nota de repúdio publicada em 8 de maio, quando a nova projeção foi divulgada pelo instituto, a coordenação do Núcleo Sindical Chile (ASSIBGE/SN) afirma que o mapa “em vez de informar, distorce e, em vez de representar a realidade com rigor, cria uma encenação simbólica que compromete a credibilidade construída pelo IBGE”.

Publicidade

Matéria exclusiva para s. Faça seu

Este usuário não possui direito de o neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única digital

Digital Completo 6o121u

o ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 9,90/mês*
OFERTA RELÂMPAGO

Revista em Casa + Digital Completo 2g6h51

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai a partir de R$ 7,48)
A partir de 29,90/mês

*o ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.