Pesquisa revela o novo calcanhar de Aquiles de Lula 5m3j12
Com base frágil, Executivo amarga rejeição crescente até entre os mais pobres e católicos 3w1k

A julgar pelos resultados das últimas pesquisas de opinião sobre o mandato de Luiz Inácio Lula da Silva – entre as quais se destaca a da Quaest, divulgada nesta quarta-feira, 4 de junho –, depois da alta da inflação dos alimentos… o escândalo do INSS é o novo calcanhar de Aquiles do governo Lula.
A rigor, algumas coisas mudaram entre o início do mandato, em 2023, e estes meados de 2025: o Executivo ou a apostar em alguns projetos para mudar a imagem em 2026 (entenda aqui). O escândalo de corrupção ora descoberto, o derrame no INSS, também difere daqueles que marcaram as primeiras agens de Lula – e de sua sucessora, Dilma Rousseff – pelo Palácio do Planalto.
A economia, em tese, “vai bem”, com desemprego controlado e crescimento do PIB – ambos ofuscados pela inflação, porém. Tudo dentro de uma normalidade que, se nos últimos suspiros do governo antidemocrático de Bolsonaro parecia um banho de bálsamo, agora já cheira a coisa velha. A istração de Lula não inova em nada, nem empolga quem não é militante. Parece querer apenas tocar a bola de lado, enquanto cultiva velhos vícios.
Entre os dados da Quaest, há dois, em especial, que dão a dimensão da perda de apoio de Lula. Pela primeira vez, a desaprovação supera a aprovação entre católicos: 53% contra 49%. Entre eleitores com renda de até dois salários mínimos, a desaprovação subiu de 45% para 49%. Se até os mais pobres e os não evangélicos, que pareciam resilientes na base de apoio do petista, já fraquejam, o que não fará o restante do eleitorado?
A verdade é que o terceiro mandato de Lula envelheceu antes mesmo de gerar frutos. E para reverter o quadro não será suficiente apenas lembrar as pessoas do quão pior tudo poderia ser com Jair Bolsonaro e sua trama golpista.