Faria Lima já acena para saída de Lula em 2026 e ações podem explodir
Analistas do banco americano Morgan Stanley acreditam que o Ibovespa pode bater os 189 mil pontos em 2026
O mercado financeiro definitivamente já respira eleições a praticamente um ano e meio do pleito presidencial marcado para outubro de 2026. Analistas de bancos tradicionais já começam a desenhar cenários de derrota do presidente Lula e de seu governo para a oposição no próximo ano. A queda na popularidade de Lula é a grande razão desse movimento — e as ações podem explodir em uma eventual derrota do PT. Os analistas do banco americano Morgan Stanley afirmam em relatório enviado a clientes que as ações brasileiras estão muito baratas, que enxerga um “início de mudança política no Brasil” e que, no mais otimista dos cenários, o Ibovespa pode chegar aos 189 mil pontos já em 2026 — ante os 140 mil pontos alcançados neste mês de maio.
“Acreditamos que o calendário eleitoral carregado dos próximos 18 meses abre espaço para o início de uma mudança de política, especialmente na política fiscal. Gostamos da relação risco-retorno no Brasil, onde o cenário otimista se tornou mais provável, em nossa visão”, escrevem. Os analistas do banco acreditam que a aprovação de Lula está em níveis menores que a de outros presidentes que foram reeleitos no Brasil. “Embora estejamos ainda a aproximadamente 18 meses das próximas eleições presidenciais no Brasil, observamos sinais de enfraquecimento do apoio à plataforma política atual em comparação com padrões históricos. A taxa líquida de aprovação do presidente Lula em seu terceiro mandato está seguindo a mesma trajetória da observada com o ex-presidente Jair Bolsonaro no mesmo período de governo”, completam.
Os analistas acreditam que um dólar mais fraco pode favorecer os fluxos no mercado de ações e que o valor de mercado da maior parte das empresas está descomado. No cenário mais otimista do banco, o Ibovespa poderia bater os 189 mil pontos no próximo ano. “O Brasil está barato, tem um mercado de capitais profundo e uma posição ‘extrema’ em renda fixa para financiar seu déficit fiscal, junto com alocação em equities nas mínimas históricas. Não esperamos uma mudança de política antes de 2027, mas simplesmente a possibilidade de uma, poderia mudar a relação risco-recompensa um pouco em direção às ações”, concluem.