Separar o joio do trigo. É dessa forma que Plinio Ribeiro, conselheiro da Ambipar, enxerga as empresas que estão alterando suas metas climáticas em razão das críticas à agenda ambiental promovidas pelo presidente americano Donald Trump. Ribeiro criticou as ações e afirmou que as empresas que não pensam nos próximos 40 anos, mas apenas em um mandato de 4 anos, “são empresas que não vão durar”. “As companhias que mudaram a estratégia são aquelas que não tinham uma estratégia. O que elas tinham era um grande programa de marketing que no primeiro quebra-molas resolveu estacionar o carro”, disse durante o Fórum VEJA COP30.

Ribeiro ainda afirmou que a agenda climática por parte do setor público e do setor privado é uma questão de prioridade. O conselheiro da Ambipar diz que o mundo subsidia trilhões de dólares da indústria fóssil todos os anos e que a sociedade poderia redirecionar esse subsídio para atividades não emissoras. ” Isso é transitório e ajuda a separar o joio do trigo porque a pior coisa que poderia acontecer é todo mundo fazer o marketing e na prática nada se concretizar, então agora a gente começa a ver qual empresa tem de fato comprometimento com a agenda. As empresas que não tiverem comprometimento com a agenda climática não terão modelo de negócios no futuro”, completou.

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