Dólar em baixa? Como mudança histórica nos EUA vai interferir no câmbio
VEJA Mercado: economista debate futuro dos juros no Brasil, a tendência para o dólar após alertas da Moodys e o novo caso de gripe aviária no país
VEJA Mercado | 20 de maio de 2025.
As bolsas europeias e os futuros americanos são negociados em baixa na manhã desta terça-feira, 20. O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, voltou a subir e ultraou a simbólica marca dos 140 mil pontos pela primeira vez na história. Apesar disso, a máxima é nominal e ainda está distante dos patamares mais altos quando corrigidos pela inflação ou quando convertidos em dólar. A moeda americana caiu e fechou o pregão cotada a 5,65 reais. O rebaixamento da nota de crédito dos EUA pela agência de classificação de riscos Moody’s foi a primeira mudança de rating americana em 106 anos e ainda assombra os investidores. A agência rebaixou também a classificação de grandes bancos americanos, como o J.P Morgan e o Bank of America.
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, diz entender a ansiedade pelos próximos os do BC na condução da política monetária, mas que é precoce falar em cortes de juros neste momento. Em evento do banco americano Goldman Sachs, ele disse que ainda “está muito distante para qualquer sinalização do tipo”. Galípolo afirmou ainda que a desancoragem das expectativas de inflação devem manter os juros mais altos por mais tempo.
No Rio Grande do Sul, o ministério da Agricultura confirmou mais um caso de gripe aviária e investiga outros seis. Diego Gimenes entrevista o economista e conselheiro Aod Cunha. O especialista afirma que o rebaixamento da nota de crédito dos EUA pela agência de classificação de riscos Moody’s é mais um fator que joga contra o dólar, mas que é precoce falar em um processo de desdolarização das grandes economias. Cunha alerta para o alto custo das dívidas de países do mundo inteiro e que o remédio dos juros pode ser amargo para todos. O VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo no YouTube, Facebook, Twitter, LinkedIn e VEJA+, a partir das 10h. Ouça também no Spotify!
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