Espiões na mira da PF tinham preço para matar políticos e magistrados
O grupo se autodenominava 'Comando C4', sigla para 'Comando de Caça Comunistas, Corruptos e Criminosos'

A Polícia Federal prendeu, nesta quarta, um grupo de “espiões do crime” especializado em assassinatos por encomenda e investigações clandestinas para apurar informações comprometedoras contra autoridades do Judiciário e do Legislativo.
Os investigadores da PF descobriram que o grupo identificado como “Comando C4”, formado por militares da ativa, da reserva e por civis, cobrava entre 100.000 reais e 250.000 reais pelo trabalho, a depender da importância da autoridade escolhida como alvo.
Ações contra ministros do STF, por exemplo, custariam 250.000 reais, segundo documentos encontrados pela PF. Já o preço do serviço contra políticos — deputados e senadores, por exemplo, era mais barato: de 100.000 reais a 150.000 reais.
As informações foram divulgadas pela Gazeta Digital, do Mato Grosso, e por Daniela Lima e confirmadas pelo Radar com fontes da Polícia Federal.
A ação da PF foi autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, do STF, e teve origem na morte do advogado Roberto Zampieri, considerado pivô do esquema de venda de decisões judiciais em diferentes tribunais do país.
O grupo se autodenominava “Comando C4”, sigla para “Comando de Caça Comunistas, Corruptos e Criminosos”.
Os alvos com prisão decretada pelo Supremo são: Anibal Manoel Laurindo, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, Antônio Gomes da Silva, Hedilerson Fialho Martins e Gilberto Louzada da Silva.