‘Não fui convocado para nenhuma reunião’, diz Mourão sobre plano de golpe 3l615f
'Tomei conhecimento da baderna que tava ocorrendo porque me filho me telefonou, liguei a TV e vi', diz o senador sobre o 8 de janeiro 66r4h

Testemunha de defesa de diferentes réus na trama golpista, o senador Hamilton Mourão foi questionado, nesta sexta, sobre as reuniões realizadas em diferentes momentos do governo ado para discutir um plano de golpe de Estado. Ele negou ter tomado conhecimento dos encontros e disse que não participou das conversas.
“Não fui convocado para nenhuma reunião e soube delas apenas pela imprensa. Não estive presente em nenhuma reunião dessa natureza”, disse Mourão.
O ex-vice-presidente falou de sua relação com Walter Braga Netto, citado por ele como um militar que “construiu uma carreira extraordinária”.
“Conheco Braga Netto para dizer que construiu carreira militar extraordinária. Tínhamos muito contato também durante o governo Bolsonaro. Durante as eleições, mantivemos campanha para fazer avaliação das campanhas. Ele esteve comigo em Gramado em uma atividade de campanha”, disse Mourão.
Sobre os ataques de 8 de janeiro, Mourão disse que ficou sabendo pela televisão das ações radicais na Praça dos Três Poderes. “Em 8 de janeiro, estava em minha casa no Altiplano Leste, aqui em Brasília. Tava ali no domingo à tarde, dentro da piscina. Tomei conhecimento da baderna que tava ocorrendo porque me filho me telefonou, liguei a TV e vi”, disse Mourão.
“A gente sabia que sempre houve planejamento da Presidência da República que, uma vez detectada uma ameaça, seriam acionadas forcas militares e policias para evitar um quebra-quebra”, seguiu Mourão.
Mourão também falou sobre o delator e ex-auxiliar presidencial Mauro Cid: “Ele sempre se comportou da forma como aprendemos no Exército, sempre muito respeitoso independente da função que ocupava. Não tenho nada para dizer sobre a forma como atuava ao longo dos quatro anos de mandato do presidente”.