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Por Robson Bonin

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Política

Torres tentou ligar PT a facções criminosas na eleição, diz ex-diretora 3b2c3k

Anotações no celular de Marília Alencar em poder da MI do 8 de Janeiro revelam indícios de uso da máquina para prejudicar Lula n3s3s

Por Nicholas Shores SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 10 Maio 2024, 08h46 - Publicado em 6 out 2023, 06h01

Brasília (DF) 08/08/2023 Ex-ministro da justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres, durante depoimento na MI do golpe. Foto Lula Marques/ Agência Brasil — O ex-secretário de Segurança do DF e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Anderson Torres, durante depoimento na MI do 8 de Janeiro (Lula Marques/Agência Brasil)

Ex-diretora de Inteligência de Anderson Torres, Marília Alencar registrou no celular pressões que recebeu do chefe da Justiça de Jair Bolsonaro para forjar acusações sobre um elo da campanha de Lula com facções criminosas, em 2022.

A MI do 8 de Janeiro quebrou o sigilo de Marília e descobriu anotações em que ela descreve uma reunião no gabinete de Torres, em outubro de 2022, já no segundo turno das eleições, em que o assunto sobre o PT e o crime surgiu.

Marília diz que não produziu o documento porque não tinha provas. “Havia uma certa pressão para que eu fizesse um relatório que indicasse a relação do PT com facções criminosas”, ela escreveu. “Não fizemos porque não havia comprovação”, concluiu.

Quando assumiu a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, no início do ano, Torres levou Marília para chefiar a Subsecretaria de Inteligência da pasta.

Delegada da Polícia Federal, ela foi convocada a depor à MI em 12 de setembro, mas, amparada por um habeas-corpus concedido pelo ministro Nunes Marques, do STF, não compareceu.