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‘Luxo não é futilidade, é humanidade’, diz especialista em alto padrão 486f37

Sophia Martins defende que ‘o desejo de viver melhor é universal’ em seu novo livro, ’50 Tons de Luxo’ 365x4z

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 1 jun 2025, 20h00

Uma das palestrantes do Desert Women Summit, realizado entre os dias 23 e 28 na cidade de Erfoud, no Marrocos, Sophia Martins discorreu sobre os desafios femininos ao encarar o mercado imobiliário de alto padrão no Brasil. Na ocasião, a especialista também distribuiu autógrafos no seu recente livro, 50 Tons de Luxo (ed. Imeta), que deve ser traduzido para sete idiomas. A seguir, a conversa com a coluna GENTE.

O que é luxo para você? É tudo aquilo que não grita, mas permanece. É o detalhe que quase ninguém vê, mas quem sente, nunca esquece. É o tempo dedicado, o cuidado silencioso, o que é feito com intenção. Luxo, para mim, não está no preço, está na presença. É quando algo ou alguém nos toca de um jeito tão sutil… que vira inesquecível.

Como surgiu a ideia do livro? Nasceu de uma inquietação íntima. Depois de anos trabalhando com o mercado de alto padrão, comecei a perceber que o verdadeiro luxo estava sendo distorcido. Confundido com excessos, aparências, cifras. Para mim o luxo sempre foi outra coisa:  como fazemos as pessoas se sentirem. Foi aí que me dei conta de que o atendimento é o centro de tudo. Foram três anos de experiências, observações e pesquisas, mesmo sem saber, ainda, que isso viraria livro.

⁠O livro será traduzido em vários idiomas. A questão do luxo é universal? Sim, o livro será traduzido para sete idiomas: francês, inglês, espanhol, italiano, hebraico, japonês e mandarim. Isso porque, apesar do conceito de luxo ter valores universais, como exclusividade, excelência e experiência, ele assume formas diferentes em cada cultura. Globalmente, pesquisas mostram que mais de 60% dos consumidores de luxo valorizam mais a experiência do que o produto em si, uma tendência que atravessa fronteiras.

Mas há pontos que são particulares ao Brasil, por exemplo? O Brasil tem uma particularidade muito forte: aqui, o luxo é profundamente relacional. O brasileiro valoriza o acolhimento, o vínculo, a forma como é tratado. Ou seja, não basta ser , tem que ser humano. Essa percepção veio de vivências reais: vi pessoas comprarem ou desistirem de negócios com base na forma como foram atendidas.

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O título faz alusão ao livro de ficção erótico 50 tons de cinza. É possível fazer uma relação entre o desejo do luxo e o desejo sexual? Sim, a alusão é proposital, uma releitura provocadora. A escolha parte da ideia de que o luxo, assim como o desejo sexual, desperta emoções intensas, ambíguas e, muitas vezes, inconscientes. Ambos envolvem fantasia, poder, conquista, sedução… E são cercados de códigos sociais que nem sempre são ditos, mas são fortemente sentidos. Assim como o desejo, o luxo é uma construção subjetiva, que vai além da razão e toca a identidade, o ego, a autoimagem. Além disso, o título também provoca um olhar cultural. No Ocidente, por exemplo, o luxo está ligado à ostentação e status; já no Japão, ao silêncio e à estética do imperceptível. Essa multiplicidade de interpretações é o que inspirou o conceito dos “tons”, porque luxo é plural.

Por que o luxo, em diferentes aspectos, ainda é atrelado a uma tentativa de pertencimento a determinada classe social? Luxo sempre esteve ligado a uma ideia de pertencimento; por muito tempo, como símbolo de status ou distinção social. E isso ainda existe. Muitos consomem para serem reconhecidos, para se sentirem parte de algo. Mas o que eu tenho visto, e vivido, é uma mudança. O novo luxo não é sobre mostrar o que se tem, mas sobre viver com verdade. Hoje, o que mais me toca é quando o luxo se torna experiência. É quando ele deixa de excluir e começa a revelar quem a gente realmente é.

⁠Entre os 50 tons de luxo, qual seria o mais essencial? É o que não se pode comprar: a sensação de ser visto e valorizado de forma única. O tom mais essencial do luxo é o humano. 

⁠Por que as pessoas mais pobres sonham tanto com o luxo? Essa é uma pergunta profunda, e que eu mesma já me fiz muitas vezes. Segundo estudo da McKinsey, em mercados emergentes, mais de 55% das pessoas associam o luxo à segurança e realização pessoal. Ou seja, não é só sobre status, é sobre pertencimento. Na minha vivência, percebo que as pessoas mais pobres não sonham com o luxo pelo excesso, mas pela possibilidade de viver o oposto da escassez. O luxo representa conforto e dignidade. Para mim, isso não é futilidade. É humanidade. O desejo de viver melhor é universal.

⁠Quando o luxo deixa de ser supérfluo no dia a dia? Quando a a fazer parte do que realmente importa no nosso dia a dia, quando se traduz em conforto, bem-estar, tempo e qualidade de vida.

⁠Trabalhando no mercado imobiliário, qual panorama do mercado de luxo atual no país? O mercado de imóveis de luxo no Brasil está bem aquecido em 2025, mesmo com a preocupação econômica que todo mundo sente. Nos últimos meses, esse segmento tem representado quase 30% das vendas nas maiores cidades. Em São Paulo, por exemplo, o valor médio do metro quadrado a dos R$28 mil, e as vendas de imóveis de luxo cresceram 40% em 2023, mesmo com os juros altos. Isso mostra que quem compra busca mais do que só um imóvel: quer espaço, segurança, conforto e um estilo de vida exclusivo. E não é só na capital paulista. Ou seja, mesmo com incertezas na economia, o mercado de luxo segue firme.

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Sophia Martins no Desert Women Summit – (./Divulgação)
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