VEJA Gente 263pj

Por Valmir Moratelli

Notícias sobre as pessoas mais influentes do mundo do entretenimento, das artes e dos negócios

Cultura

Mario Frias não pede desculpas a Marcelo Adnet 1j3p6z

Secretário da Cultura recusou-se a publicar retratação ao humorista, que o processa por ter sido chamado de "garoto frouxo", "crápula" e "Judas" 2j6g5o

Por Cleo Guimarães Atualizado em 6 out 2021, 15h31 - Publicado em 6 out 2021, 13h15

Secretário especial da Cultura, Mário Frias — Mario Frias: secretário afirma que não se vacinou - e nem pretende (Instagram/Reprodução)

A guerra entre Marcelo Adnet e Mario Frias continua. O humorista está processando criminalmente o secretário de Cultura do governo Bolsonaro e, na recente audiência de conciliação, propôs um acordo: que o político se retratasse de um texto ofensivo postado no Instagram em setembro de 2020, e fizesse uma doação (de valor ainda a ser definido) à ONG Voz das Comunidades. Frias não aceitou.

Um promotor de justiça ainda fez outra proposta ao secretário: a confissão dos fatos narrados na queixa-crime e o pagamento de 5 000 reais ao INCA. Mario Frias pediu cinco dias para se manifestar – o prazo terminou nesta segunda (4), e ele não voltou ao assunto. Ficou quieto. Cabe agora ao Ministério Público se manifestar sobre o prosseguimento do caso.

Na postagem que motivou a ação conduzida pelos advogados Ricardo Brajterman e Maíra Fernandes, Adnet foi chamado de “criatura imunda”, “garoto frouxo e sem futuro”, “crápula” e “Judas” pelo secretário da Cultura. O raivoso post foi motivado por um vídeo do humorista no qual ele ironizava a montagem protagonizada por Frias em homenagem aos “grandes heróis da nação” no feriado de 7 de Setembro. No filmete, desenvolvido pela Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social), o político aparecia em uma sala, rodeado de objetos históricos, entoando um texto com pausas dramáticas.

Mario apresentava – entre citações ao hino nacional – os brasileiros que, de acordo com o governo Bolsonaro, merecem ser irados pela população. Em sua paródia, Adnet imitou o secretário na mesma situação, mas totalmente perdido e sem saber de que se tratavam as obras que tocava e nem mesmo do que estava falando.