IMPERDÍVEL: A dor é bela em ‘Sete Minutos Depois da Meia Noite’ 4w1q40
Filme baseado em livro infantil trata da morte com muita delicadeza 201qn









Nem todas as histórias têm os finais que se espera. Essa é a primeira lição que o garoto Conor (Lewis MacDougall) aprende no filme Sete Minutos Depois da Meia Noite, em cartaz no país. Apesar de ser baseada em um livro infantil de mesmo nome – publicado no Brasil pela editora Novo Conceito —, a história trata de temas penosos como doença, morte e bullying, mas usa a imaginação como trunfo para tornar belo até o momento mais dramático.
A trama acompanha o pequeno Conor, que vive no interior da Inglaterra e toda noite tem um pesadelo. Ele mora com a mãe (Felicity Jones), que sofre de um câncer em estágio avançado. Com a morte dela cada vez mais próxima, o garoto precisa morar com a avó (Sigourney Weaver), com quem se não dá bem, já que seu pai (Toby Kebbell) vive nos Estados Unidos. Como se não pudesse piorar, ele é vítima constante de bullying no colégio.
No meio de todo esse drama, o garoto a a ser visitado por um monstro (Liam Neeson), na forma da árvore que cresce no cemitério que vê da janela de seu quarto, sempre no mesmo horário: sete minutos depois da meia noite. O ser fantástico avisa Conor que lhe fará três visitas para contar três histórias diferentes, que nunca tem um final feliz como esperado. Ao fim das fábulas, chegará a vez do menino contar uma história ao monstro: o seu pesadelo secreto.
As complexas histórias ajudam Conor a entender as suas próprias emoções e tudo que está acontecendo com ele naquele momento, mesmo que não tragam uma solução prática e imediata como ele deseja. As sequências narradas pelo monstro se destacam no filme devido ao seu visual fantástico baseado em aquarelas. Os recursos lúdicos legitimam a trama, que não apela para produzir lágrimas, e encantam no encontro com o ótimo elenco.