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Maria Fernanda Cândido: “Contracenar com a barata foi intenso” rp42

A atriz fala da experiência de estrelar o filme 'A Paixão Segundo G.H.', adaptação do livro de Clarice Lispector dirigida por Luiz Fernando Carvalho 6e2c28

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 16 dez 2023, 08h00

Seu novo filme, A Paixão Segundo G.H. — que chegará aos cinemas em 2024 —, é adaptação da obra de Clarice Lispector. Como essa autora impactou sua vida? Ela chegou à minha vida quando tinha 18 anos e li A Hora da Estrela. Aos 29, conheci A Paixão Segundo G.H. e foi uma experiência potente. Jamais imaginei que interpretaria essa personagem um dia. Até que, em 2017, o Luiz Fernando Carvalho me convidou para fazer o filme.

Como foi sua preparação — e como lidou com a barata em cena, já que o livro de Clarice conta como a protagonista interage com o inseto? Foi uma experiência muito desafiadora, que me mudou como profissional e mulher. Precisei ter coragem de me entregar ao desconhecido em um processo artesanal. O laboratório contou com oficinas, workshops, leituras e inúmeras aulas de corpo e voz. Durou um ano. Já as cenas com a barata foram muito intensas também. Me lembro até hoje da sensação e do cheiro do material usado, ainda mais por se tratar de uma agem importante no livro e no filme. O resultado é incrível.

Esse é um projeto com Luiz Fernando Carvalho, diretor “denso” com quem já trabalhou outras vezes. O que a atrai na parceria? Nossa relação é marcada pelo encontro com a literatura brasileira. Estivemos juntos em vários trabalhos, como na minissérie da Globo Capitu, personagem de Machado de Assis, um trabalho que debato com as pessoas até hoje. O Luiz é um diretor rigoroso, ao mesmo tempo que é muito livre, então temos uma liberdade de criação infinita.

Sua volta às novelas — após um hiato de sete anos — é com o remake de Renascer, que estreia na Globo em janeiro. Por que essa trama? Foi um verdadeiro presente do diretor-geral Gustavo Fernandez. É uma oportunidade de me reconectar com o universo de Benedito Ruy Barbosa, autor fundamental em minha trajetória. Interpretarei a Cândida, uma personagem inspiradora, que teve uma vida dedicada à preservação do meio ambiente. E é uma alegria contracenar pela primeira vez com Humberto Carrão, que fará o José Inocêncio.

No ano ado, você estrelou o filme Animais Fantásticos — Os Segredos de Dumbledore. O que pensa sobre as declarações consideradas transfóbicas da autora do universo de Harry Potter, J.K. Row­ling? Eu não faço minhas as palavras dela, jamais. Tenho uma outra cabeça e maneira de pensar, sou uma pessoa muito aberta para esse tipo de questão. Respeito e tenho iração pela comunidade LGBTQIA+.

Publicado em VEJA de 15 de dezembro de 2023, edição nº 2872

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