A estratégia da Deezer para combater música gerada por IA, segundo CEO
Plataforma de músicas busca pagar bem os artistas, de acordo com seu presidente, Alexis Lanternier

Qual sua impressão sobre a Deezer após seis meses como executivo-chefe? A paixão dos funcionários por inovação e música é impressionante. Eles não estão aqui apenas pelo trabalho, mas pela música, o que facilita muito a vida de um CEO.
Como a empresa se posiciona no competitivo mercado de streaming? Somos uma empresa grande, com mais de meio bilhão de dólares de receita e fluxo de caixa positivo. Focamos em nossos pontos fortes e continuamos inovando neles.
Quais são as estratégias para se diferenciar dos concorrentes? Nosso foco é a experiência musical. Oferecemos melhor qualidade de áudio, mais controle ao usuário sobre o algoritmo e a capacidade de compartilhar música e de criar playlists colaborativas. Outro pilar é o e à indústria, sobretudo na remuneração dos artistas.
Como oferecer uma remuneração justa aos artistas? Impulsionamos o modelo “artista-cêntrico”, garantindo que a do usuário vá para os artistas que ele ouve. Combatemos ativamente a música gerada por inteligência artificial, que não remunera os criadores. Removemos cerca de 10 000 faixas desse tipo por dia para proteger os artistas.
Como a Deezer vê o mercado brasileiro? O Brasil tem uma paixão notável por música, especialmente local, com 90% do top 100 sendo de artistas brasileiros. É um dos maiores mercados do mundo, em rápido crescimento, e nosso segundo maior mercado global, com 13% dos nossos clientes.
Com reportagem de Alessandro Giannini
Publicado em VEJA, maio de 2025, edição VEJA Negócios nº 14