Alckmin diz que economia vai bem, mas juros ‘escandalosos’ precisam cair
Vice-presidente reforçou coro do governo pela queda da Selic nesta segunda-feira

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, voltou a defender nesta segunda-feira, 17, a redução da taxa básica de juros do país, que está em 13,75% ao ano.
“As coisas estão caminhando bem: inflação em queda, câmbio competitivo, reforma tributária aprovada na Câmara, arcabouço fiscal encaminhado. Só faltam os escandalosos juros caírem e nós vamos ter uma geração de emprego ainda mais forte”, disse.
Alckmin deu as declarações a jornalistas após participar do seminário internacional Cooperativas pelo Desenvolvimento Sustentável, promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília.
Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou o resultado negativo do IBC-Br, índice do Banco Central considerado pelo mercado como a “prévia do PIB”, e também mirou o BC por causa da taxa de juros. O índice apontou recuo de 2% na atividade econômica brasileira em maio, após alta de 0,56% em abril.
“É como esperado, né? Muito tempo juro real muito elevado, nós estamos preocupados, estamos recebendo muito retorno de prefeitos e governadores sobre arrecadação, a nossa mesmo aqui…”, comentou Haddad.
“Então a pretendida desaceleração da economia pelo Banco Central chegou forte e a gente precisa ter muita cautela com o que pode acontecer se as taxas forem mantidas na casa de 10 reais o juro real ao ano. É muito pesado para a economia. Está muito pesado para a economia.”
Reforma tributária
Sobre uma pesquisa na qual o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estima que o novo imposto (IVA) aprovado pela reforma tributária deva ficar em 28,04%, Alckmin disse que “ainda é cedo” para avaliar o impacto.
“Eu acho que é cedo para ter o resultado final desse trabalho, mas eu diria que foi um o importante. Os princípios da reforma tributária estão colocados. Simplificação, redução do custo Brasil, diminuição de judicialização, desoneração completa de investimentos e desoneração completa do comércio”, afirmou.
(Agência Brasil)