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Ministros de Lula, Renan Filho e Jader Filho defendem revisão dos benefícios fiscais

Para ministros, o fato de a economia estar aquecida facilita a retirada dos incentivos fiscais a empresas e setores

Por Márcio Juliboni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 6 jun 2025, 16h46

Se depender do primeiro escalão do governo Lula, os gastos tributários estão com os dias contados, a julgar pelo alinhamento do discurso. Pelo menos, é o que se viu durante o Fórum Esfera 2025, realizado pela Esfera Brasil na cidade paulista do Guarujá, que contou com a participação dos ministros das Cidades, Jader Filho, e dos Transportes, Renan Filho. “Chamamos de incentivos fiscais como um eufemismo para não chamar de gastos, mas é isso o que eles são”, afirmou Renan.

Para Jader, o Brasil vive uma “distorção”: em vez de conceder benefícios para setores que sejam relevantes para o desenvolvimento do país, concedem-se benesses que são importantes apenas para as empresas. “A sociedade não pode pagar para um determinado setor sem um benefício claro”, afirmou o ministro. “Precisamos fazer uma avaliação do que interessa para a sociedade como um todo, e não o que interessa para o setor”.

Os gastos fiscais entraram de vez no debate político com o agravamento da crise fiscal. Segundo um recente relatório divulgado pelo Ministério da Fazenda, os gastos tributários somarão 800 bilhões de reais neste ano. Após a forte reação contrária do Congresso e da sociedade em geral ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), deu um prazo de dez dias para que o governo apresentasse um pacote de medidas estruturais, capazes de enxugar os gastos públicos e reverter a trajetória ascendente da dívida pública.

Na terça-feira 3, em um almoço no Palácio do Alvorada com Motta e os presidentes da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou um conjunto de medidas neste sentido. Os chefes do Executivo e do Legislativo concordaram em apresentar o pacote às lideranças do Congresso no próximo domingo 8, antes de torná-lo público.

Entre as mais cotadas, está justamente a revisão dos incentivos fiscais concedidos a empresas e setores. A medida é defendida por Haddad e, ao que parece, vem ganhando apoio de seus colegas da Esplanada dos Ministérios. “Há espaço para rever os gastos tributários”, afirmou Renan Filho nesta sexta-feira 6. “Primeiro, porque a a economia está bem e isso facilita a retirada; segundo, porque os presidentes do Senado e da Câmara estão dispostos a ajudar.”

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