Ataque em manifestação pró-Israel nos EUA deixa 8 feridos, incluindo sobrevivente do Holocausto tw1c
Suspeito teria lançado artefato similar a um coquetel molotov caseiro e gritado 'Palestina Livre' 4xv38

Oito pessoas ficaram feridas em um ataque no estado do Colorado, nos Estados Unidos, neste domingo, 1º de junho, depois que um homem jogou um “lança-chamas improvisado” contra um grupo de pessoas que participavam de um ato pró-Israel.
O suspeito, identificado como Mohamed Sabry Soliman, de 45 anos, teria lançado algo que parecia um coquetel molotov caseiro e gritado “Palestina Livre” durante o ataque. Ele foi preso no local.
Soliman é um cidadão egípcio que morava ilegalmente nos EUA, de acordo com Stephen Miller, vice-chefe de gabinete da Casa Branca.
“Ele recebeu um visto de turista do governo Biden e, em seguida, excedeu ilegalmente o prazo desse visto”, escreveu Miller no X, antigo Twitter.
Os feridos tinham entre 67 e 88 anos, segundo a polícia local, e sofreram ferimentos que variam de leves a “muito graves”. Uma das vítimas do ataque é uma sobrevivente do Holocausto, que não foi identificada.
O FBI classificou o ato na cidade de Boulder como um “ataque terrorista direcionado”. O chefe de polícia de Boulder, Steve Redfearn, por sua vez, insistiu que era “muito cedo para especular sobre os motivos” do ataque.
O ato fazia parte de uma reunião semanal de membros da comunidade judaica “Run for their lives” (corra pelas vidas deles, em tradução livre) em solidariedade aos reféns israelenses mantidos em Gaza. Segundo o grupo, o evento se tratava de uma “caminhada pacífica”.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, condenou o ataque, dizendo que reza pela “recuperação total dos feridos no violento ataque terrorista”.
“Este ataque foi direcionado contra pessoas pacíficas que desejavam expressar sua solidariedade aos reféns mantidos pelo Hamas, simplesmente porque eram judeus”, disse Netanyahu na segunda-feira.
O governador do Colorado, Jared Polis, por sua vez, classificou o ataque em Boulder como um “ato hediondo de terror” e prometeu proteger todos os habitantes do estado americano, incluindo a comunidade judaica, que, segundo ele, se sente “especialmente ameaçada e visada”.
O ataque aconteceu quase duas semanas após dois funcionários da Embaixada de Israel serem mortos a tiros do lado de fora de um museu judaico no centro de Washington, capital dos EUA.