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Battisti diz não ter receio de ser extraditado para a Itália 1k603e

Preso na fronteira com a Bolívia, italiano, condenado à prisão perpétua em seu país, acredita que decreto de Lula não permite seu retorno 5g2a6d

Por Da redação Atualizado em 18 dez 2017, 18h04 - Publicado em 5 out 2017, 14h10

O italiano Cesare Battisti, de 62 anos, disse à Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira que não tem receio de ser extraditado para a Itália, mesmo que haja pressão do governo italiano. Condenado à prisão perpétua em seu país por terrorismo, ele se diz amparado por um decreto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que “lhe concedeu visto permanente”. No último dia de seu mandato, 31 de dezembro de 2012, o petista negou a Roma o pedido para transferência do ativista.

Battisti foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) nesta quarta-feira na cidade de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, ao tentar atravessar de táxi a fronteira com a Bolívia com uma quantia “superior a 10.000 reais”, de acordo com a polícia brasileira. Ele foi condenado na Itália por quatro assassinatos cometidos nos anos 1970, quando era membro do Partido Proletários Armados para o Comunismo, grupo ligado à extrema esquerda.

Ainda nesta quinta-feira, 5, o italiano vai ar por audiência de custódia no Fórum de Corumbá (MS) em videoconferência para a Justiça Federal de Campo Grande. Interrogado pelo delegado Iuri de Oliveira, da Delegacia da PF em Corumbá, Battisti disse que “está protegido juridicamente contra uma extradição, pois o ministro César Peluso (do Supremo Tribunal Federal, aposentado) já julgou que a prescrição para os crimes pelos quais foi acusado teria encerrado em 2013″.

Em 2004, Battisti fugiu da Itália e, três anos depois, foi preso no Brasil. Na ocasião, a Itália pediu a sua extradição e, em 2009, o STF autorizou sua saída, na época negada por Lula. No último dia 27 de setembro seus advogados entraram com um habeas corpus no Supremo para barrar a possibilidade de extradição, deportação ou expulsão pelo presidente da República. A defesa afirma que “há notícias” de que o governo italiano pretende intensificar as pressões sobre o governo brasileiro por seu retorno ao país. O relator do caso é o ministro Luiz Fux.

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Segundo a PF, Battisti presta esclarecimentos relativos ao crime de evasão de divisas. O crime “se configura quando uma pessoa envia valores para o exterior sem a devida declaração a autoridade competente”. Em viagem à Bolívia acompanhado de mais duas pessoas, Battisti afirmou  no interrogatório sobre os dólares e os euros que levava em uma pochete que “tal quantia não foi sacada às vésperas da viagem, correspondendo a dinheiro que já tinha em casa há algum tempo”.

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“Não sabia da necessidade de declarar que iria sair com elevada quantia em dinheiro do Brasil. Achei que não seria necessário, pois é uma região de compras”, declarou o italiano à PF. Battisti alega que viajou à região para pescar e fazer compras – em especial, roupas de couro na Bolívia.

(Com Estadão Conteúdo) 

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