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Deportações nos EUA sob Trump podem alcançar 500 mil pessoas por ano, diz relatório q5710

Análise estima que políticas para endurecer deportações podem impactar crescimento econômico e populacional dos EUA 1t173m

Por Júlia Sofia Atualizado em 28 jan 2025, 15h33 - Publicado em 28 jan 2025, 15h32

As deportações nos Estados Unidos podem atingir a marca de 500 mil pessoas por ano sob o novo governo de Donald Trump, segundo um relatório da Allianz Research, braço de análise econômica da Allianz Trade. A política migratória mais rígida pode desacelerar o crescimento populacional de 3,4 milhões, no ano ado, para 1,5 milhão neste ano, além de reduzir o potencial de expansão do PIB para menos de 2% até 2026.

O estudo, intitulado O Manual da Trumponomia, aponta que a força de trabalho dos EUA tem sido impulsionada, em grande parte, por imigrantes nos últimos anos. Com a intensificação das deportações e o endurecimento das regras para imigração legal, o crescimento populacional pode cair drasticamente, impactando setores que dependem da mão de obra estrangeira.

Embora membros do governo Trump tenham mencionado a meta de deportar até 1 milhão de pessoas por ano, os economistas do estudo apontam que dificuldades logísticas e istrativas tornam esse número improvável. Ainda assim, uma política migratória mais agressiva pode prejudicar a economia americana e aumentar as tensões diplomáticas com países vizinhos. Diante do cenário e depois de casos de imigrantes algemados e acorrentados, por exemplo, a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) convocou uma reunião de emergência para discutir os efeitos da medida na região.

Políticas contraditórias

Segundo o relatório, Trump pretende impulsionar o crescimento do PIB ao mesmo tempo em que busca manter a inflação sob controle, mas algumas de suas medidas podem entrar em contradição. De um lado, os cortes de impostos buscam estimular investimentos e consumo, aquecendo a economia. De outro, tarifas comerciais mais altas visam aumentar a arrecadação para financiar subsídios industriais e fortalecer a competitividade das exportações americanas.

Conselheiros de Trump e o vice-presidente J.D. Vance também defendem uma política cambial que enfraqueça o dólar frente a outras moedas, o que poderia favorecer o comércio exterior. No entanto, especialistas alertam que algumas dessas medidas podem acabar pressionando a inflação. A desregulamentação do setor energético, por exemplo, pode baratear os preços da energia, mas a insistência do governo para que o Federal Reserve reduza as taxas de juros pode reacender a alta dos preços.

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Outro obstáculo apontado pelo estudo é a dificuldade de reduzir o déficit público sem cortes drásticos nos gastos sociais ou aumento de impostos. Mesmo com um crescimento econômico de 3% ao ano, equilibrar as contas do governo exigiria medidas mais drásticas. O relatório ressalta que cortes no orçamento de agências federais não seriam suficientes e que a arrecadação com tarifas comerciais também não cobriria o rombo fiscal. Para reduzir o déficit em 1% do PIB (cerca de US$ 290 bilhões), os EUA teriam que elevar sua tarifa média de 2,7% para 13%, com interrupções nas cadeias de suprimentos nas fronteiras com Canadá e México.

Segundo os economistas, o sucesso da chamada Trumponomia dependerá da capacidade do governo de reduzir o déficit público de forma sustentável. Se isso acontecer, a inflação e as taxas de juros poderão cair, tornando o dólar mais fraco e impulsionando as exportações. No entanto, essa estratégia pode exigir a renúncia, pelo menos no curto prazo, da promessa de crescimento acelerado do PIB.

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