Namorados: Assine Digital Completo por 1,99

‘Não é guerra, é genocídio’, diz Lula sobre campanha de Israel em Gaza j523h

Itamaraty publicou documento criticando 'nos mais fortes termos' aprovação de novos assentamentos na Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel 5w4ih

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 1 jun 2025, 13h43

Em meio ao anúncio de novos assentamentos israelenses na Cisjordânia e a forte pressão internacional contra a campanha militar israelense em Gaza, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste domingo, 1, que “o que estamos vendo não é guerra de dois Exércitos”, e sim “um genocídio”.

“A maioria do povo judeu não concorda com essa guerra. É uma vingança de um governo com a possibilidade de criação de um Estado Palestino”, disse o petista durante evento do PSB em Recife. “O que estamos vendo não é guerra de dois exércitos. É um exército totalmente profissional matando mulheres e crianças na Faixa de Gaza. Não é uma guerra, é um genocídio”.

+ Israel anuncia maior expansão de assentamentos na Cisjordânia ocupada em décadas

Na terça-feira, cerca de 1.200 oficiais das Forças de Defesa de Israel (FDI) condenaram a guerra na Faixa de Gaza em carta aberta ao governo e ao comando do Estado-Maior israelense. Os militares, tanto da ativa quanto da reserva, apelam para o retorno dos 59 reféns que permanecem no enclave palestino, dos quais 24 estão vivos e 35 mortos, e afirmaram que o conflito” não serve à segurança nacional de Israel e, portanto, é imoral”.

Continua após a publicidade

Na semana ada, uma pesquisa publicada pela emissora Channel 12 revelou que 55% dos israelenses entrevistados acreditavam que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, estava mais interessado em permanecer no poder do que em lutar pela libertação dos reféns. Além disso, 61% deles relataram querer o fim da guerra, contra 25% que apoiaram a expansão dos combates e a ocupação de Gaza.

A comunidade internacional também aumentou o furor das críticas contra operações israelenses em Gaza. A União Europeia (UE) anunciou em 21 de maio que revisará os laços comerciais com Israel devido à crise humanitária palestina. A chefe de política externa do bloco, Kaja Kallas, afirmou que Comissão Europeia, braço executivo da UE, reavaliará o Acordo de Associação UE-Israel, que regula as relações políticas e econômicas entre os dois lados através do livre comércio.

Países como a Alemanha também ameaçaram medidas devido à campanha em Gaza. O chanceler Friedrich Merz chegou a afirmar que a luta contra o grupo radical Hamas já não justifica a guerra no enclave palestino, iniciada em outubro de 2023. Trata-se de uma mudança de tom, já que o Berlim atua com cautela em críticas a Tel Aviv por “questões históricas”, segundo Merz, em referência à Alemanha Nazista.

Continua após a publicidade

Novos assentamentos 6wq1a

Mais cedo, neste domingo, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil já havia publicado um documento criticando “nos mais fortes termos a aprovação dos assentamentos na Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel.

“Essa decisão constitui flagrante ilegalidade perante o direito internacional e contraria frontalmente o parecer consultivo da Corte Internacional de Justiça de 19 de julho de 2024, que considerou ilícita a contínua presença de Israel no território palestino ocupado e concluiu ter esse país a obrigação de cessar, imediatamente, quaisquer novas atividades em assentamentos e de evacuar todos os seus moradores daquele território”, diz o texto do Itamaraty.

+ Chefe da diplomacia da UE condena ‘privatização’ da distribuição de ajuda humanitária em Gaza

Parte dos 22 assentamentos anunciados já foram construídos ilegalmente e agora am a ser considerados legais aos olhos das autoridades israelenses. Duas das 22 colônias anunciadas, Homesh e Sa-Nur, haviam sido esvaziadas em 2005 como parte do plano israelense de retirada da Faixa de Gaza. Os novos assentamentos estão distribuídos do norte ao sul da Cisjordânia, dividindo ainda mais o território.

Continua após a publicidade

A ocupação do território começou em 1967, no contexto da Guerra dos Seis Dias, e é proibida pela legislação internacional, algo que Israel contesta.

No ano ado, a Corte Internacional de Justiça (CIJ), principal tribunal das Nações Unidas em Haia, decidiu após um longo processo, que a presença de Israel em territórios palestinos como a Cisjordânia e Jerusalém Oriental é “ilegal” e apelou pelo fim da ocupação. De acordo com os 15 juízes de nacionalidades diversas, práticas como a construção e expansão de assentamentos judeus, a anexação de terras e a imposição do controle por partes de civis e militares israelenses são discriminatórias contra os palestinos.+ Alemanha sobe o tom e ameaça tomar medidas contra Israel por guerra em Gaza

Atos como esses tornam “ilegal a presença de Israel no território palestino ocupado”, disse o parecer da corte, acrescentando que todos os momentos de permanência de colonos judeus nos territórios palestinos violam a lei e que a ocupação deve ser encerrada o mais “rapidamente possível”.

Mais especificamente, a CIJ considerou que a criação de assentamentos israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém viola o artigo 49 da Quarta Convenção de Genebra, que diz respeito a regras contra transferências forçadas e deportação de uma população que vive em território controlado por uma Força Ocupante.

Publicidade

Matéria exclusiva para s. Faça seu

Este usuário não possui direito de o neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo 6o121u

o ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo 2g6h51

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai a partir de R$ 7,48)
A partir de 29,90/mês

*o ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.