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Parlamento britânico será suspenso em meio à crise do Brexit f176l

Na Irlanda, Boris Johnson suavizou seu discurso e afirmou que sair da UE sem acordo seria 'fracasso político' 2v2y4l

Por Da Redação Atualizado em 9 set 2019, 12h02 - Publicado em 9 set 2019, 11h59

O primeiro-ministro Boris Johnson suspenderá o Parlamento do Reino Unido nesta segunda-feira, 9, após a votação de uma proposta para a realização de eleições legislativas antecipadas, que provavelmente será rejeitada.

“O Parlamento será suspenso ao final da sessão de hoje e até 14 de outubro”, anunciou o porta-voz de Downing Street. A interrupção dos trabalhos da Câmara dos Comuns acontecerá independentemente do resultado da votação, garantiu o governo.

A decisão de suspender o Parlamento provocou uma onda de indignação no Reino Unido quando foi anunciada no final de agosto por Boris Johnson, acusado de realizar manobras para conduzir o país para um Brexit sem acordo em 31 de outubro.

O líder, que chegou ao poder no final de julho, justificou a suspensão pela necessidade de preparar e apresentar um novo programa de política doméstica.

Na semana ada, Johnson sofreu grandes derrotas com a aprovação pelo Parlamento de uma lei para prorrogar o prazo do Brexit se, até 19 de outubro, o governo não alcançar um pacto aceitável com Bruxelas ou receber a autorização do Parlamento para uma saída sem acordo.

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Johnson expulsou do partido 21 rebeldes conservadores que votaram contra seu governo e perdeu a maioria parlamentar. Enfraquecido e obrigado a romper com sua grande promessa, o chefe de Governo propôs a antecipação das eleições para 15 de outubro, mas sofreu outra derrota.

O premiê, contudo, apresentou uma nova proposta para a antecipação das eleições, que será votada ainda hoje. Entretanto, é improvável que o Executivo obtenha a maioria de dois terços necessária para aprovar a medida.

Com a suspensão do Parlamento, os deputados só voltarão a se reunir em 14 de outubro, a menos de duas semanas para o prazo final de 31 de outubro.

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A oposição teme que Johnson ignore a lei aprovada na semana ada com o apoio dos parlamentares conservadores rebeldes, forçando-o a buscar um adiamento de três meses do Brexit se não chegar a um acordo de saída até 19 de outubro.

Esta manhã, os líderes da oposição “concordaram em trabalhar juntos para fazer com que o governo se justifique perante o Parlamento”, declarou o porta-voz do líder trabalhista Jeremy Corbyn.

‘Fracasso político’ 65373t

Em visita à Irlanda nesta segunda, Boris Johnson afirmou que uma saída do país do bloco sem um acordo entre os dois lados seria um “fracasso político”. O premiê, que até agora vinha defendendo a saída da UE no prazo com ou sem um acordo, suavizou seu discurso.

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“Pelo bem dos negócios, dos agricultores e de milhões de pessoas comuns que contam conosco para usar nossa imaginação e criatividade para fazer isso, quero que você saiba que eu preferiria, esmagadoramente, encontrar um acordo”, disse Boris após se reunir com o primeiro-ministro irlandês Leo Varadkar.

Johnson ainda pediu à Bruxelas para eliminar do Tratado de Retirada o denominado “Backstop”, um mecanismo complexo para evitar uma nova fronteira entre a Irlanda e a Irlanda do Norte que ameace o frágil acordo de paz de 1998 que encerrou três décadas de conflito violento na ilha.

O Executivo britânico propõe a substituição por “ajustes alternativos”, mas de acordo com os sócios europeus ainda falta definir em que consistiriam as propostas.

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“Se nos concentrarmos, acredito que podemos fazer um grande progresso”, afirmou Johnson em Dublin. “Apresentaremos ideais, temos tempo para fazer e vamos abordar com muito entusiasmo”, completou.

Já Leo Varadkar afirmou que a UE não recebeu até o momento nenhuma proposta “realista” de Londres. “Estamos abertos a alternativas, mas devem ser realistas (…) Não recebemos até o momento nenhuma proposta deste tipo”, disse em coletiva de imprensa.

(Com AFP)

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