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Coronel acusado de ter grupo de extermínio levou caso de venda de sentenças para o STF t4d4c

Caçadini foi o primeiro a bater às portas do Supremo para tentar ar acervo do celular de Roberto Zampieri, personagem-chave no esquema k2f1w

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 1 jun 2025, 18h36

O escândalo de venda de sentenças que atingiu quatro gabinetes do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e levou à descoberta de um grupo de extermínio ainda era desconhecido das principais autoridades da investigação quando o coronel reformado do Exército Etevaldo Caçadini bateu às portas do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília.

Ele pedia que a Corte o autorizasse a ar o conteúdo do celular do advogado Roberto Zampieri, assassinado no final de 2023 e cujo telefone guardava segredos de como lobistas, advogados e assessores de magistrados mercadejavam decisões judiciais em troca de propina. O caso, revelado por VEJA, levou à abertura de inquéritos, ao afastamento de servidores e a investigações sigilosas que agora dão dimensão ao escândalo.

O próprio celular de Caçadini dava pistas da urgência de saber o teor dos arquivos do advogado Zampieri. O recurso ao STF foi distribuído por sorteio a Zanin. Com o avanço das investigações, todos os desdobramentos do caso Zampieri foram parar nas mãos do magistrado, inclusive a descoberta de que o militar coordenava um grupo de espionagem e execução de autoridades autodenominado Comando 4 (Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos) – 50.000 reais para “figuras normais”, 100.000 reais para o caso de deputados, 150.000 reais para senadores e 250.000 reais para ministros do Judiciário.

Ao lado das anotações, sem vinculação de efetivar a espionagem ou  assassinato, estavam os nomes de Alexandre de Moraes e do próprio Zanin.

Outros celulares seguem sob avaliação da Polícia Federal – os do lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, apontado como comparsa de Zampieri no STJ, da advogada Mirian Ribeiro Rodrigues de Mello Gonçalves, esposa de Andreson, e de um filho do advogado assassinado.

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Investigado e preso como financiador do homicídio, no telefone do coronel do Exército, por exemplo, foi encontrada uma imagem contendo a fachada do escritório da vítima, com endereço e outros detalhes, quase dois meses antes do crime.

Contratado por 40.000 reais por Caçadini, Antônio Gomes da Silva havia providenciado um disfarce para executar o crime: apresentou-se como um padre interessado na aquisição de terras para um sobrinho. Com a rotina de Zampieri mapeada, improvisou um silenciador para abafar os estampidos e matou o advogado à queima roupa em dezembro de 2023.

O crime estava concluído – mas o escândalo no Judiciário, apenas começando.

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