Namorados: Assine Digital Completo por 1,99

O ano de Sergio Moro: até logo ou adeus? 2w4853

O ex-juiz submergiu depois de deixar o governo. Mas segue um nome forte nas pesquisas de intenção de voto 4x3s2e

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 13h40 - Publicado em 24 dez 2020, 06h00

A pandemia do coronavírus ainda estava no início, em abril, quando uma crise política de dimensões aparentemente gigantescas eclodiu. Sergio Moro, o superministro da Justiça, pediu demissão e acusou Jair Bolsonaro de tentar interferir na Polícia Federal — denúncia que, devidamente comprovada, tinha potencial suficiente para implodir o governo. O caso, porém, gerou mais barulho do que propriamente destruição. Como evidência do que estava dizendo, o ex-ministro citou uma reunião ministerial em que o presidente teria deixado claros seus objetivos (na tese de Moro, não republicanos) ao pressionar por uma troca da PF. A gravação da reunião não mostrou exatamente o que Moro denunciava, mas criou um enorme constrangimento para o governo ao revelar cenas de Bolsonaro e de alguns ministros atacando o Congresso e o Supremo Tribunal Federal com palavrões e xingamentos. A fusão da tragédia sanitária com a crise política chegou ao ponto de a palavra impeachment ressurgir nas conversas de bastidor em Brasília — mas ficou apenas nisso. ada a confusão, a avaliação é de que Bolsonaro perdeu o seu ministro mais popular e ganhou um adversário de peso para enfrentá-lo nas eleições de 2022.

As pesquisas de intenção de voto apontam o ex-juiz como um nome capaz de fazer frente a Bolsonaro num confronto direto. Moro, porém, praticamente submergiu depois de deixar o governo. Na planície, ele voltou a dar aulas e palestras e, recentemente, assumiu o cargo de sócio-diretor de uma consultoria americana, onde atuará em programas antifraude, governança e compliance. Sobre política, pouco ou quase nada revela de seus planos. O máximo que se conseguiu extrair dele até hoje foi uma autodefinição sobre seu perfil (centro-direita) e suas convicções econômicas (liberais). O ex-ministro costuma fazer comentários nas redes sociais a respeito de temas do dia a dia, já se encontrou com presidenciáveis, como o governador João Doria e o apresentador Luciano Huck, mas garante que isso nada tem a ver com projetos pessoais. Por enquanto, diz que pretende se manter o mais afastado possível de Brasília. Temido e odiado por alguns setores, especialmente os que acabaram enroscados na teia da Lava-Jato, ele sabe que a viabilidade de sua candidatura está muito atrelada à performance do governo. Dependendo da direção do vento no fim de 2021, Moro se apresentará à política — ou não.

Publicado em VEJA de 30 de dezembro de 2020, edição nº 2719

Publicidade

Matéria exclusiva para s. Faça seu

Este usuário não possui direito de o neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo 6o121u

o ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo 2g6h51

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai a partir de R$ 7,48)
A partir de 29,90/mês

*o ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.