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Consumo de álcool causa 12 mortes por hora e custa R$ 18,8 bi por ano, diz Fiocruz 4h6931

Levantamento analisou impactos financeiros de aposentadorias precoces e licenças no Brasil; campanha defende 'imposto do pecado' para bebidas 646li

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 5 nov 2024, 20h54

As principais entidades de saúde do mundo são enfáticas: não há dose segura de bebida alcoólica e o consumo em excesso abre portas para doenças cardiovasculares, câncer, assim como aumenta os riscos de acidentes e episódios de violência. Um novo estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) resolveu se debruçar nesses impactos tanto para a saúde quanto para a economia do Brasil e constatou que, por hora, o álcool mata 12 pessoas. E as mortes prematuras, aposentadorias precoces e licenças custam R$ 18,8 bilhões por ano para o país.

O levantamento, feito a pedido das organizações pedido das organizações Vital Strategies e ACT Promoção da Saúde, apontou que os homens são as principais vítimas do álcool, totalizando 86% das mortes. E os óbitos não estão relacionados apenas a acidentes e casos de violência. Também entram na conta enfermidades causadas pela ingestão de bebidas, como as doenças cardiovasculares. Nas mulheres, que representam 14% nos desfechos fatais, 60% dos episódios estavam relacionados ao coração ou a cânceres.

“O ponto essencial para essa discussão é entender a carga econômica e epidemiológica, porque o álcool é invisibilizado e o beber com moderação varia de pessoa para pessoa”, explica Eduardo Nilson, pesquisador da Fiocruz que realizou o estudo.

A pesquisa considerou os dados mais robustos sobre danos à saúde ao álcool no Brasil, provenientes da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019, o que inclui hospitalizações. Com as estimativas de mortes atribuíveis ao álcool feitas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi possível calcular os custos e o dado alarmante de 104,8 mil mortes naquele ano, o que significa uma média de 12 óbitos por hora.

Mesmo assim, o problema é ainda maior. “Fizemos a pesquisa pensando no SUS (Sistema Único de Saúde) e INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) ao mesmo tempo, trazendo os custos sociais, absenteísmo, morte prematura, mas não temos dados de saúde suplementar e é baseada só nos trabalhadores formais. Já é um impacto, mas está subestimado.”

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‘Imposto do pecado’ 4f3w42

O levantamento é apresentado em meio às discussões sobre a conclusão da reforma tributária ainda neste ano e implementação do imposto seletivo, apelidado como “imposto do pecado”, uma sobretaxa para itens nocivos à saúde e ao ambiente. As bebidas alcoólicas estariam neste grupo.

“É uma substância permitida no país, mas que tem impactos danosos. Temos uma oportunidade de uma geração com a reforma tributária e isso também pode salvar centenas de milhares de vidas”, afirma Pedro de Paula, diretor executivo da Vital Strategies. “Temos vários exemplos de países como Dinamarca e Finlândia, Ucrânia, Tailândia, África do Sul, que adotaram medidas e reduziram perdas em custos sociais associados”, exemplifica.

Com a apresentação dos dados e debate sobre a taxação desses produtos, também foi lançada a segunda fase de uma campanha sobre os efeitos nocivos do álcool do programa Reset Álcool intitulada “Quer uma dose de realidade">advertências sobre os males do cigarro.

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